Na noite de quinta-feira, 5 de junho de 2025, um homem de 36 anos agrediu uma bebê de apenas quatro meses após confundi-la com uma boneca reborn. A situação aconteceu em um trailer de lanches na Avenida Getúlio Vargas, na região da Savassi, em Belo Horizonte (MG).
O homem se aproximou do casal e demonstrou interesse pela filha, que estava no colo da mãe. Mesmo após os pais explicarem que a criança era real, ele insistiu na ideia de que se tratava de uma boneca hiper-realista. Em seguida, sem aviso, deu um tapa na cabeça da bebê.
Populares reagem e polícia prende o agressor
Imediatamente após a agressão, pessoas que estavam no local reagiram com indignação. Clientes que presenciaram a cena seguraram o homem enquanto os pais acionavam a Polícia Militar. A agressão aconteceu por volta das 23h40, e a resposta foi rápida.
Em seguida, os policiais prenderam o agressor em flagrante e o levaram até a delegacia. Lá, ele foi autuado por lesão corporal contra criança. Além disso, o caso ficou sob responsabilidade da Delegacia de Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente.
Durante o depoimento, o homem alegou ter ingerido bebida alcoólica, mas os policiais não identificaram sinais claros de embriaguez. Apesar disso, ele se manteve lúcido e reafirmou que acreditava estar interagindo com uma boneca — não com uma criança real.
Criança recebe atendimento médico e permanece em observação
Logo após o ocorrido, os pais levaram a bebê ao Hospital João XXIII. Os médicos constataram inchaço na região atrás da orelha e, por precaução, mantiveram a criança em observação. Até o momento, não há indícios de sequelas mais graves.
Por outro lado, a família segue apreensiva quanto aos efeitos do trauma. Além das possíveis consequências físicas, os pais também se preocupam com os impactos emocionais e afirmam que o caso não pode ser tratado como um simples mal-entendido.
Justiça concede liberdade provisória ao agressor
Dois dias após o ocorrido, no sábado (7), a Justiça concedeu liberdade provisória ao agressor. Para isso, ele pagou uma fiança no valor de R$ 4.500. Além disso, terá que usar tornozeleira eletrônica por três meses, comparecer regularmente à Justiça e manter seu endereço atualizado enquanto o processo estiver em andamento.
Consequentemente, a decisão gerou críticas nas redes sociais. Muitas pessoas se manifestaram, apontando a gravidade da agressão e questionando a concessão de liberdade tão rapidamente.
Polícia segue investigando o caso
Enquanto isso, a Polícia Civil de Minas Gerais segue com a investigação. O inquérito ainda aguarda o laudo médico definitivo que irá indicar o grau da lesão sofrida pela criança. Esse documento será essencial para orientar os próximos passos do processo.
Além disso, a polícia também vai avaliar se houve dolo ou se a agressão ocorreu exclusivamente por negligência. A família, por sua vez, afirma que pretende seguir com a denúncia até que o agressor responda plenamente por seus atos.