Logo após a prisão de MC Poze do Rodo, ocorrida em 29 de maio de 2025, a internet reagiu com fúria. Usuários criticaram a ação policial e apontaram que ele representa a realidade das periferias. No Reddit, muitos defenderam que a prisão reflete uma perseguição cultural, não política:
“Eles não querem ver favelado ganhando dinheiro”.
“Uma parte glamoriza o crime, mas entenderam errado quem disse que Poze canta a realidade da favela”.
MCs manifestam apoio e defendem sua arte
Além do apoio digital, MCs amigos passaram a defendê-lo publicamente. Meno Tody, por exemplo, criticou abertamente a prisão nas redes:
“Uma questão racial e de classes”, disse ele.
Igualmente, Rennan da Penha ressaltou que Poze não incita o crime, mas retrata do que vivenciou.
Consequentemente, vários artistas firmaram posição, afirmando que sua arte não encontra respaldo nos tribunais. Ao contrário, dizem, ela faz emergir a voz de quem viveu a favela.
Poze rebate acusações e reforça sua narrativa
Em vídeos publicados após a prisão, o cantor reafirmou que escreve sobre o cotidiano:
“Apologia é o caralho, vocês não entendem a nossa revolta”.
Logo depois, ele lembrou que se envolveu com tráfico no passado, mas que seus versos não incitam o crime. Ao contrário, ele busca revelar injustiças que observa nas comunidades.
Música como manifestação social
Além disso, Poze já uniu forças com outros MCs para ações sociais, como o “Desafio MCs Contra a Fome” — evento que arrecadou alimentos para comunidades com MC Daniel e outros colegas. Por isso, seus apoiadores argumentam que ele não “apologia”, mas leva visibilidade às favelas.
O bate-boca sobre realidade ou apologia
Enquanto isso, internautas dividem-se entre elogiar sua honestidade e condenar a suposta exaltação ao crime. Alguns afirmam:
“Quando falam que veio da favela, é pra mostrar os obstáculos, não para glamorizar o crime”.
Por outro lado, críticos reforçam que letras que descrevem tráfico podem ser vistas como incentivo — ainda que o cantor defenda ser retrato vívido de sua vivência .
https://youtu.be/mDDCjoHSpOE?si=meKKb8tBLsDUX3e2
Conclusão
A prisão de MC Poze do Rodo reacendeu debates sobre limites da arte de denúncia, criminalização do funk proibidão e papel dos MCs como porta-vozes de realidades ocultas. Por fim, o apoio de colegas e internautas mostra que, para muitos, ele não incita o crime — ao contrário, amplifica a voz da periferia que poucos ouvem.