O parlamento de Israel, o Knesset, derrubou nesta quarta-feira (12) uma tentativa da oposição de dissolver o governo. Benjamin Netanyahu segue no comando, mesmo sob forte pressão política. A votação mostrou que, apesar das crises internas, o premiê ainda controla sua base aliada.
Oposição tenta, mas não derruba governo
A oposição entrou com a moção esperando tirar Netanyahu do poder. No entanto, não conseguiu os votos necessários. O placar ficou em 61 contra e 53 a favor. A proposta não passou nem da primeira fase. Pela lei, eles só poderão apresentar uma nova moção daqui a seis meses.
Apesar da derrota, a oposição não pretende recuar. Líderes prometem continuar pressionando, especialmente diante da crise envolvendo o alistamento de judeus ultraortodoxos.
Impasse com ultraortodoxos aumenta a tensão
Tudo começou quando o Supremo Tribunal de Israel determinou que a isenção militar para judeus ultraortodoxos precisa de uma base legal. Ou seja, o parlamento precisa aprovar uma lei que regulamente isso. A decisão pegou em cheio os partidos religiosos, que fazem parte da coalizão de Netanyahu.
Eles chegaram a ameaçar sair do governo. No entanto, após negociações, decidiram apoiar o premiê na votação, apostando numa solução futura. Mesmo assim, o clima continua instável.
Netanyahu ganha tempo, mas não resolve crise
Com a rejeição da moção, Netanyahu ganha fôlego. No entanto, o problema do alistamento ainda está no colo do governo. Além disso, a guerra em Gaza exige mais soldados, o que pressiona ainda mais a necessidade de recrutar todos os setores da sociedade.
A oposição vê aí uma nova brecha. Nos bastidores, ela articula para minar o apoio da coalizão e forçar novas votações. Enquanto isso, o premiê precisa lidar com a pressão do Judiciário, do Exército e dos próprios aliados.
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