A disputa judicial pela guarda do pequeno Léo, filho da cantora Marília Mendonça com o sertanejo Murilo Huff, se tornou um dos assuntos mais comentados dos últimos dias. Desde o falecimento da artista, em novembro de 2021, a criança vive sob os cuidados da avó materna, Dona Ruth Moreira, e do pai. No entanto, Murilo entrou recentemente com um pedido de guarda unilateral, o que reacendeu debates nas redes sociais e na mídia.
A ação foi registrada na Justiça no início de junho de 2025. Desde então, fãs, artistas e familiares da cantora demonstraram apoio público às partes envolvidas. Ainda que o processo corra sob sigilo, informações confirmam que Murilo tomou a decisão com base em fatos delicados, que não foram expostos por respeito ao bem-estar da criança.
Entenda o que motivou o pedido de guarda unilateral
Segundo fontes próximas, Murilo Huff alegou que novas informações surgiram e que, diante disso, a guarda unilateral seria a melhor forma de proteger Léo. O cantor, no entanto, garantiu publicamente que não pretende afastar o filho da família materna. Ele afirma que deseja preservar os laços afetivos com os avós e tios de Léo, mesmo com a guarda concentrada em suas mãos.
Do outro lado, Dona Ruth ainda não fez declarações incisivas, mas tem recebido apoio de familiares, como o filho João Gustavo, irmão de Marília. Em publicação nas redes sociais, ele escreveu: “Você é uma mulher incrível, mãe. Te admiro mais a cada dia.”
A nora de Dona Ruth, Iollanda Nunes, também se manifestou. Ela pediu calma e fé, afirmando que “Deus cuida de tudo e de todos”. Até o momento, a postura da família de Marília tem sido de respeito e discrição, evitando declarações públicas mais contundentes.
Artistas e fãs se dividem nas redes sociais
A reação do público foi imediata. Enquanto muitos fãs demonstraram apoio a Murilo por ser o pai biológico de Léo, outros defenderam que Dona Ruth foi a figura materna presente desde a tragédia. Comentários ressaltam que a avó vem cuidando da criança com dedicação e afeto, tendo assumido um papel importante em sua formação.
O cantor Cristiano, da dupla Zé Neto & Cristiano, declarou apoio a Murilo. Em seu perfil, ele escreveu: “Estamos com você, irmão. Pela sua história, pela sua luta e, principalmente, por Léo.”
Essa divisão de opiniões mostra como o caso mobilizou não apenas o público, mas também outros nomes da música sertaneja. Ainda assim, os envolvidos seguem discretos, e o processo está sendo conduzido com cautela, justamente para proteger a saúde emocional de Léo.
Especialistas alertam para impactos emocionais na criança
Diante da polêmica, psicólogos chamaram atenção para os possíveis efeitos negativos que essa disputa pode causar no menino. A psicóloga Letícia de Oliveira explicou que processos litigiosos, especialmente entre familiares próximos, podem reabrir feridas e gerar traumas.
Rafaela Schiavo, também especialista em saúde emocional infantil, alertou para sinais de estresse, ansiedade e até sentimento de culpa. Ela reforça que a escuta da criança é fundamental, mesmo em idades precoces, e que decisões como essa devem priorizar o bem-estar emocional acima de qualquer outro fator.
Além disso, o psicólogo Luti Christóforo afirmou que mudanças bruscas na rotina, quando não acompanhadas de apoio psicológico, podem gerar insegurança e prejuízos no desenvolvimento de vínculos afetivos.
O que diz a lei sobre a guarda dos filhos
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a guarda compartilhada como padrão. No entanto, casos excepcionais, como o de Léo, permitem que outros responsáveis assumam a guarda desde que comprovem laços afetivos profundos e capacidade de cuidar da criança.
Embora o pai biológico tenha prioridade legal, o juiz pode considerar a manutenção do ambiente atual caso entenda que essa decisão oferece mais estabilidade e proteção emocional à criança. Tudo dependerá das provas apresentadas e da avaliação técnica da situação familiar.
Conclusão: foco deve ser o bem-estar de Léo
Independentemente do desfecho judicial, o ponto central dessa polêmica deve continuar sendo o bem-estar do pequeno Léo. É fundamental que o processo ocorra com respeito, empatia e responsabilidade por parte de todos os envolvidos.
O caso comove o país não apenas por envolver a memória de uma artista tão querida, mas também por escancarar a complexidade dos vínculos familiares após uma perda. O que se espera é que a Justiça, orientada por especialistas e provas, encontre a melhor solução para garantir o desenvolvimento saudável da criança.