A crise entre Israel e Irã atingiu um novo patamar em junho de 2025, colocando os Estados Unidos — agora sob comando de Donald Trump diretamente no centro do conflito. O clima, que já era tenso desde os ataques de abril, piorou nas últimas semanas após novas ofensivas militares, retaliações do Irã e ameaças públicas feitas pelo próprio presidente americano.
Bombardeios e retaliações diretas
Tudo começou em abril, quando Israel bombardeou o consulado iraniano em Damasco, na Síria, matando líderes da Guarda Revolucionária. O Irã reagiu com um ataque sem precedentes: mais de 300 drones e mísseis foram disparados contra o território israelense. A maior parte foi interceptada com apoio logístico dos EUA, França e Reino Unido.
Desde então, os dois países intensificaram as hostilidades. Israel realizou novos ataques a instalações nucleares iranianas em cidades estratégicas como Isfahan e Natanz. Em resposta, o Irã ameaçou retaliar de maneira “devastadora”.
Trump endurece o tom e autoriza bombardeios
De volta à presidência, Donald Trump não perdeu tempo. Em 13 de junho, ele elogiou as ações de Israel, classificando os ataques como “excelentes” e “bem-sucedidos”. Em seguida, ele fez um alerta direto: “Façam um acordo agora ou o que está por vir será ainda mais destrutivo.”
Poucos dias depois, Trump exigiu a rendição incondicional do Irã e sugeriu que novas ações militares estavam em análise. Ele declarou, em entrevista oficial:
“O Irã brincou por tempo demais. Não vamos tolerar mais ameaças.”
No dia 22 de junho, os EUA passaram da retórica à ação. Trump autorizou ataques aéreos contra instalações nucleares do Irã, utilizando caças e mísseis bunker-busters. A operação, segundo o Pentágono, destruiu alvos subterrâneos em Fordow, Natanz e Isfahan.
Após o bombardeio, Trump classificou a missão como “um sucesso espetacular” e afirmou que os Estados Unidos estão “prontos para agir novamente, se o Irã insistir em desestabilizar a região”.
Irã reage com ameaças e mobilização
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, respondeu duramente. Ele prometeu retaliação e acusou os Estados Unidos de “terrorismo internacional patrocinado pelo Estado”. Além disso, o regime iraniano mobilizou tropas nas fronteiras, intensificou exercícios militares e ameaçou atingir “alvos estratégicos” em solo israelense e americano.
Segundo a inteligência internacional, o Irã também elevou seu alerta nuclear, o que aumentou ainda mais o risco de um confronto em larga escala.
Risco real de guerra aberta
Especialistas em geopolítica alertam: a região vive o momento mais perigoso dos últimos 15 anos. A combinação de forças armadas em prontidão, declarações incendiárias e ações militares coordenadas pode levar a um conflito direto algo que tanto Israel quanto o Irã pareciam evitar até pouco tempo atrás.
Mesmo assim, Trump mantém a linha dura, afirmando que “os inimigos dos Estados Unidos não vão prosperar sob meu comando”.
O que esperar?
O mundo observa, apreensivo, os próximos passos. A ONU convocou reuniões de emergência, mas até agora, nenhum cessar-fogo foi acordado. Trump já afirmou que pode apoiar uma trégua, “dependendo das circunstâncias”. No entanto, sua retórica e ações recentes indicam que o caminho da diplomacia está cada vez mais distante.
Enquanto isso, milhões de civis no Irã, Israel e países vizinhos vivem sob tensão constante, temendo que a próxima decisão leve a uma guerra total.
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